Anunciado no último dia 27 - quando o governador Eduardo Leite (PSDB) encerrou o ciclo de dois meses de bandeira preta -, o fim do modelo que monitorava 11 indicadores e, a partir disso, atribuía bandeiras de classificação de risco às regiões viria com a edição de novo decreto esperado para hoje e com vigência a partir de segunda-feira.
Ontem, o Gabinete de Crise do Estado concedeu mais prazo para, segundo o governador, "ampliar o diálogo com a sociedade". Uma nova reunião virtual com prefeitos e deputados está marcada para esta sexta-feira. No sábado serão mais dois encontros, um com especialistas em saúde e outro com líderes dos principais segmentos econômicos.
Quem participar da discussão terá prazo até a próxima terça-feira para encaminhar sugestões ao Gabinete de Crise. Até quinta-feira o grupo deverá finalizar o novo modelo e já apresentá-lo à sociedade gaúcha. A vigência começaria no sábado, dia 15.
A proposta inicial do novo modelo de distanciamento, agora baseado em alertas e não mais em bandeiras, foi apresentada a prefeitos e deputados no meio da semana. O Estado prevê que as prefeituras continuem podendo adotar protocolos diferentes por tipo de atividade, desde que respeitando critérios mínimos de acordo com os níveis da pandemia na região, na macrorregião e no Estado.
O plano de fiscalização apresentado pelas prefeituras continuaria válido. Nas reuniões do meio da semana o Executivo não deu detalhes de como funcionariam os indicadores, por exemplo. Analisando que a ideia inicial foi apresentada de forma muito genérica, a Federação das Associações de Municípios (Famurs) é uma das entidades que criticou a postura do governo.
“Os prefeitos querem participar da construção deste regramento”, argumentou o presidente da Famurs, Maneco Hassen, lamentando que informações básicas para avaliação do novo modelo ainda não foram divulgadas. A entidade adianta que pedirá uma participação mais efetiva das forças de segurança no controle das aglomerações em todo o Estado.