A decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) pela interveção e transfrência da gestão do Hospital Universitário (HU) para a prefeitura de Canoas, tornada pública nesta sexta-feira (27), foi recebida até com certo alívio pelo CEO e diretor da Fundação Educacional Alto Médio São Francisco (Funam), Ruy Muniz. “Estávamos insatisfeitos, era um sacrifício manter a administração do HU”, desabafa.
A Funam alega que o repasse mensal de aproximadamente R$ 9,6 milhões feito pela prefeitura é insuficiente para a manutenção do hospital. Além disso, Muniz relata que o Poder Executivo não repassou R$ 1,5 milhão referente ao mês de abril, e que por isso ocorre falta de mantimentos e medicamentos. Apesar disso, Muniz destaca que a antiga gestora nunca deixou de prestar os serviços pactuados. “Em nenhum momento deixamos a população desassistida”, finaliza.
Além disso, de acordo com a fundação, desde que assumiu a gestão do HU, em janeiro deste ano, acumula um passivo financeiro superior a R$ 12 milhões. "O que recebemos não cobre 30% do custeio do hospital. Por isto pedimos, no início desta semana, o reequilíbrio do contrato", lemba Muniz.
A reportagem fez contato com a prefeitura de Canoas, mas nã teve retorno até a publicação desta matéria. Por volta de 19 horas desta sexta-feira, uma postagem em rede social da administração municipal confirmava a saída da Funam e garantia à população que o atendimento no HU segue normalmente.