O avanço da variante Ômicron tem elevado de forma brusca o número de casos positivos de Covid-19 no Vale do Sinos. Somente na última semana, o número de confirmações mais que triplicou, conforme levantamento do Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale.
Em sete dias, até a última sexta-feira (21), foram registrados 5.883 novos casos, volume bem superior na comparação com a semana anterior, que teve 1.833 testes positivos. O aumento equivale a 220%. (Veja no gráfico abaixo).
O número de casos confirmados na última semana já é o maior registrado desde junho de 2020, quando o acompanhamento começou a ser feito pela universidade.
Analisando o histórico de notificações, é possível observar uma queda significativa na quantidade de pessoas contaminadas de março a dezembro de 2021. A curva, porém, volta a subir na última semana de dezembro para, no início de 2022, após as confraternizações de fim de ano, crescer numa velocidade impressionante. A grande maioria das amostras coletadas tem correspondido à variante Ômicron.
"Praticamente 100% do que circula na região é Ômicron. Ela é a responsável por isso, fora o nível de cuidado ainda ser baixo pro tamanho do desafio que a gente tem", avalia Spilki.
Apesar de não estar crescendo no mesmo ritmo, já que a vacinação protege da forma mais grave da doença, a ocupação dos hospitais precisa ser monitorada de perto. "A gente ainda tem uma situação relativamente confortável ou dentro do que pode ser atendido nas internações e na UTI, mas, vejam, também tem subida nas últimas semanas", alerta.
Centro Covid tem recorde de atendimentos
Em Novo Hamburgo, houve recorde de procura pelo Centro Covid. Foi na última quinta-feira (20), quando foram feitos 238 atendimentos - número diário mais alto registrado neste ano.Em 2022, o espaço alcançou a maior média diária de atendimentos desde o início da pandemia, conforme dados divulgados pela Prefeitura.
Conforme Spilki, o padrão de outros países indica que o pico de novos casos ocorre de cinco a seis semanas após o início da transmissão comunitária mais forte. Na região, isso aconteceria, portanto, nas primeiras semanas de fevereiro.
"Nós imaginamos um nível de transmissão bastante elevado agora, quando a gente deve estar próximo de atingir o pico, e aí um platô até a metade de fevereiro. Depois, inicia um declínio. Mas a gente precisa estar atento às medidas necessárias para evitar uma extensão desse prazo", adianta.
Recentemente, seguindo diretrizes do Ministério da Saúde, o governo do Estado atualizou o protocolo de isolamento para casos positivos de Covid-19 e contactantes domiciliares. Veja a seguir:
Pessoa sem esquema vacinal completo
Pessoa com esquema vacinal completo e sem febre
Pessoa com esquema vacinal completo e com febre